“A diferença entre o medicamento e o veneno é a dose”
Provavelmente, você já deve ter ouvido isso, pelo menos uma vez. Mas será que já parou para pensar no real significado que tem e na verdade que traz, escondidos em uma aparente força de expressão? No fundo, a frase deve ser vista como um alerta diante de um cenário que persiste há anos: o do uso inadequado de medicamentos.
Essa utilização incorreta tem como primeiro item da lista a automedicação. Em 2016, o Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) divulgou que 72% dos brasileiros se medicam por conta própria. Muitos dos entrevistados disseram que não só decidem o que tomar, como alteram, sozinhos, a dosagem, caso não sintam o alívio desejado. Percebe que ao fazer essa escolha, essas pessoas, literalmente, colocam suas vidas em risco? A prova disso está nos números. Em 2015, a Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma) revelou que, todos os anos, cerca de 20 mil pessoas morrem, no Brasil, vítimas da automedicação.
A tecnologia tem dado uma força e tanto a este tipo de comportamento. Não é raro encontrar quem acesse a internet não só em busca de informações, mas à procura de diagnósticos e terapias mais indicadas para resolver os problemas. Com essa afirmação, não se quer culpar o mundo virtual pela preocupante realidade da automedicação. Muito pelo contrário, até porque esse hábito antecede o surgimento da rede mundial de computadores.
Entende-se que o acesso à informação contribui para o esclarecimento, porém não se pode aceitar que as consultas e exames sejam substituídos por buscas em sites, inclusive, páginas sem procedências. A pesquisa do ICTQ também tratou desse aspecto. O dado é relevante e mostra que, à época, 40% da população afirmou fazer o autodiagnóstico por meio da internet.
Outra forma de uso irracional de medicamentos é a prescrição múltipla. Isso ocorre quando o paciente precisa procurar médicos de diversas áreas. Neste caso, é extremamente importante que o especialista, ao ouvir as queixas, questione possíveis visitas a outros especialistas e se estes fizeram prescrição.
É comprovado que a combinação inadequada de substâncias pode comprometer o tratamento, visto que um medicamento pode potencializar ou anular o efeito de outro. Daí a importância da comunicação entre médicos, farmacêuticos e demais profissionais da saúde e o paciente. Utilizar qualquer medicamento sem orientação e de forma errada pode resultar em reações adversas graves que podem até levar à morte. E isso inclui a ingestão de um simples comprimido, aparentemente, inofensivo. Veja só alguns exemplos de uso excessivo:
- anti-inflamatórios: quando usados sem orientação, causam gastrite, sangramento no estômago;
- medicamentos para dor de cabeça podem causar problemas hepáticos graves e queda da pressão arterial;
- medicamentos usados para emagrecer com antidepressivos: podem levar ao aumento da pressão e taquicardia.
Esse é um problema de saúde pública em todo o mundo. Em geral, as pessoas ignoram o fato de que, quando se comprova a eficácia de uma substância no combate ou na cura de uma doença, a descoberta inclui aspectos específicos sobre a indicação e dosagem. Além disso, nem sempre o que é bom para um paciente é eficiente para outro.
Cuide da sua saúde. Evite complicações: - não tome nenhum medicamento por conta própria (mesmo os que não precisam de receita);
- peça orientação ao farmacêutico, ele é o profissional habilitado para prestar todos os esclarecimentos sobre os medicamentos;
- quando for a uma consulta médica, leve uma lista com todos os medicamentos que estão sendo utilizados. Não deixe de informar ao médico sobre aqueles que são usados por conta própria, como os destinados a dor de cabeça e gripe.
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